O vento sopra no cajueiro
As folhas secas vagueiam pelo ar
Sem caminho definido
Só Deus sabe onde deixar
Outrora verdes e exuberantes
Cheias de vida e elegantes
Como plumas flutuantes
De um pavão muito elegante
No jardim a dançar
Cobrindo as arvores em toda a sua extensão
Adornando o cajueiro
Adornando a cajazeira
Adornando a ramada da videira
A rama da aboboreira
Sem distinção de nação
Oh, belas folhagens
Que nos dão belas paisagens
Que nos inspiram belas poesias e mensagens
Para povos de todas as linguagens
Mesmo depois de secas
Espalhadas pelo chão
Ainda inspiram poesias
Ainda inspiram belas canções
Oh folhas secas espalhadas pelo chão
Que andam em revoadas
Não tem mais morada
Mostra-me tuas paradas
Mostra-me folhas rosadas
Onde tu vais pousar
Há quem dera
Que eu fosse igual a você
Poder andar nas asas do vento
Sem me preocupar em nenhum momento
Com os acontecimentos
Deste mundo secular.
Autor: José Dias